terça-feira, 3 de dezembro de 2019

GENERAL VIRIATO GOMES DA FONSECA 1863-1942


Homens de Honra...
GENERAL VIRIATO GOMES DA FONSECA 1863-1942
O único negro que alcançou o posto de general do exército português e provavelmente de qualquer outro exército europeu

Inventor, político, militar, músico (eximio executante de harpa e guitarra), oficial as ordens da rainha D.Amélia, participava regularmente em tertúlias com o Infante D. Afonso e D. Carlos, que o estimavam e lhe franqueavam as portas do Paço.
Hábil contabilista e chegou a ser indigitado para ministro das Finanças de Portugal, que recusou. Álvaro de Castro, na época Presidente do Conselho, ofereceu-lhe o cargo de Governador Geral de Angola, mas Viriato da Fonseca recusou, como outros mais. Preferiu esperar pela vaga de Governador Geral de Cabo Verde - que nunca chegaria, devido às mudanças políticas que se sucederam.
Viriato da Fonseca nasceu em 1863, na ilha de Santo Antão. Aos sete anos viajou para Lisboa, tendo concluido os seus estudos de Artilharia na Escola de Guerra.
Em 1897, o jovem tenente regressa a Cabo Verde com o objectivo fixo de ajudar no desenvolvimento das ilhas. Muito cedo revelou dotes de orador extraordinário com grande capacidade de comunicação e enorme carisma, gozando de uma memória prodigiosa que lhe permitia produzir os seus discursos sem recurso à leitura.
Promovido a major, e novamente em Lisboa, Viriato da Fonseca dedicou-se à balística e a fazer algumas alterações à régua de Chalat, acabando por inventar o Sintómetro de Perpendiculo,
Em 1919, o povo das ilhas, reconhecido pela sua competência nos trabalhos por ele realizados e ciente do seu grande patriotismo e amor à terra natal, confiou-lhe o encargo de representar a Província no Parlamento. E é assim que ingressa na política para ser deputado pelo Partido Republicano Português (PRP), de 1919 a 1922 e pelo Partido Republicano Constituinte, de 1922 a 1925.
Nestas funções tomaria parte em inúmeras comissões nomeadas pelo Parlamento, entre as quais do Ministério da Guerra, nesta, primeiro como vogal e depois como presidente, e ainda encarregado de receber o Marechal Joffre, quando este cabo de guerra francês veio a Portugal representar o exército do seu país nos festejos levados a efeito em honra dos Soldados Desconhecidos Portugueses, na qualidade Presidente da República (indigitado) por ausencia de Teófilo Braga, ausente por enfermidade no Brasil.
Faleceu a 26 de Fevereiro de 1942, na sua residência, a Vivenda Cesária, em Paço d´ Arcos, Portugal. Seus restos mortais encontram-se depositados em jazigo da familia, no cemitério de Oeiras.
Entre louvores e outras honrarias era Comendador da Ordem de Nossa Senhora de Vila Viçosa; Medalha Militar de Prata da Rainha D. Amélia; Medalha dos Serviços Distintos no Ultramar; Comendador da Ordem Militar de São Vicente de Aviz; Medalha de Ouro da Classe de Comportamento Exemplar; Cavaleiro da Ordem Militar de Santiago de Espada e Grã Cruz da Ordem Militar de São Bento de Aviz.

Delay Prata em FB

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