Muitos portugueses desconhecem ter sido uma portuguesa a fundadora do Museu do Prado, o mais importante museu de Espanha e um dos mais importantes do mundo.
MARIA ISABEL DE BRAGANÇA, assim se chamou ela, era filha do nosso rei D. João VI e de D. Carlota Joaquina de Borbón e tornou-se rainha de Espanha, ao casar com o seu tio D. Fernando VII, em 28 de Setembro de 1816, e de quem foi segunda mulher.
Contam os seus biógrafos ser Isabel de Bragança uma aficionada das Belas Artes, Académica de Honra e Conselheira da Real Academia de Belas Artes de São Fernando, em Madrid.
A rainha Maria Isabel de Bragança (que morreu de parto em 26 Dezembro de 1818), figura na Galeria de retratos do Museu do Prado onde tem um retrato datado de 1829, pintado onze anos depois da sua morte, sendo seu autor Bernardo López Piquer, filho do grande pintor Vicente López. É um retrato a óleo sobre tela, com as dimensões 258 x 174 cm, na execução do qual o seu autor utilizou como modelo um retrato de um busto em formato oval da autoria de seu pai, datado do ano do casamento da rainha.
É de sublinhar a especial iconografia deste retrato no qual a rainha é representada como fundadora do Real Museu de Pintura e Escultura do Prado, cuja imagem, a rainha aponta com a mão direita, se encontra visível através de uma janela, e assinalando com a mão esquerda alguns planos do museu em pergaminhos ou papéis, que se encontram depositados sobre uma mesa.
No catálogo dos quadros do Museu Real, datado de 1854, o seu autor, Pedro de Madrazo, escreve que “foi a rainha Maria Isabel de Bragança quem sugeriu ao Rei a ideia (da criação do Museu), por “escitacion” (sic) de algumas personalidades amantes das Belas Artes, ideia que o Rei acolheu com verdadeiro entusiasmo”.
Gabriele Finaldi, crítico e historiador e Director Adjunto de Conservação e Investigação do Museu do Prado, assinala que o esboceto prévio executado a óleo realizado por Bernardo López (do qual se conhece uma repetição autografada em aguarela e assinada pelo pintor em 1928, que esteve exposto na Galeria Guillermo de Osma, em Madrid, em 1997), apresenta umas diferenças interessantes em relação ao quadro final: nas folhas que estão colocadas sobre a mesa, que está representada no retrato, são mostradas plantas do edifício, enquanto que o que está representado no retrato final são alçados das salas (do Museu), com quadros já colocados. Acrescenta Gabriele Finaldi que “seguramente há que interpretar este detalhe como testemunho de um interesse bastante mais que superficial da rainha pela museologia do Prado.”
O crítico e historiador Gabriele Finaldi, em recente catálogo de uma exposição sobre “O retrato Espanhol no Museu o Prado de Goya a Sorolla”, sublinha a importância desse retrato que considera uma “imagem emblemática para a História do Museu do Prado”.
Isabel de Bragança não teve a ventura de assistir à inauguração do Museu, dado que faleceu um ano antes da sua inauguração.
Se é certo que os espanhóis não esquecem, e muito menos escondem ter sido uma portuguesa e rainha do seu País a fundadora do Museu do Prado, é lamentável que tal facto seja desconhecido da generalidade dos portugueses, e que o seu nome não conste da toponímia dos nossos grandes centros urbanos, nem o seu feito seja registado nos compêndios escolares de História. Quantos lá se encontram por muito menos, ou até por nada.
Real Trás-os-Montes e Alto Douro | adaptação por Portugal Glorioso
No catálogo dos quadros do Museu Real, datado de 1854, o seu autor, Pedro de Madrazo, escreve que “foi a rainha Maria Isabel de Bragança quem sugeriu ao Rei a ideia (da criação do Museu), por “escitacion” (sic) de algumas personalidades amantes das Belas Artes, ideia que o Rei acolheu com verdadeiro entusiasmo”.
Gabriele Finaldi, crítico e historiador e Director Adjunto de Conservação e Investigação do Museu do Prado, assinala que o esboceto prévio executado a óleo realizado por Bernardo López (do qual se conhece uma repetição autografada em aguarela e assinada pelo pintor em 1928, que esteve exposto na Galeria Guillermo de Osma, em Madrid, em 1997), apresenta umas diferenças interessantes em relação ao quadro final: nas folhas que estão colocadas sobre a mesa, que está representada no retrato, são mostradas plantas do edifício, enquanto que o que está representado no retrato final são alçados das salas (do Museu), com quadros já colocados. Acrescenta Gabriele Finaldi que “seguramente há que interpretar este detalhe como testemunho de um interesse bastante mais que superficial da rainha pela museologia do Prado.”
O crítico e historiador Gabriele Finaldi, em recente catálogo de uma exposição sobre “O retrato Espanhol no Museu o Prado de Goya a Sorolla”, sublinha a importância desse retrato que considera uma “imagem emblemática para a História do Museu do Prado”.
Isabel de Bragança não teve a ventura de assistir à inauguração do Museu, dado que faleceu um ano antes da sua inauguração.
Se é certo que os espanhóis não esquecem, e muito menos escondem ter sido uma portuguesa e rainha do seu País a fundadora do Museu do Prado, é lamentável que tal facto seja desconhecido da generalidade dos portugueses, e que o seu nome não conste da toponímia dos nossos grandes centros urbanos, nem o seu feito seja registado nos compêndios escolares de História. Quantos lá se encontram por muito menos, ou até por nada.
Real Trás-os-Montes e Alto Douro | adaptação por Portugal Glorioso
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