“Jesus disse que se amassem
Aos que cristãos se proclamam;
Não disse que se matassem
E
eles matam-se e não se amam”.
A TORRE DE BABEL
ERA UMA VEZ…
Antigamente, todos os povos
da Terra falavam a mesma língua. Vindos do Oriente, chegaram a uma planície no
país de Senaar. Aí resolveram
estabelecer-se e construir as suas casas.
Aprenderam a fazer tijolos
resistentes, cozendo-os bastante tempo no fogo. Ferviam pez até que ficasse
espesso e peganhento. Utilizavam-no para ligar os tijolos. Estavam satisfeitos
porque podiam agora construir casas cada vez maiores.
Como queriam que toda a
gente os admirasse, decidiram edificar uma cidade inteira e nela uma torre tão
grande e tão alta, tão alta que chegasse ao céu. Já nem queriam saber da ajuda
de Deus, pois se tinham tornado muito convencidos.
Deus viu o que estava a acontecer e
pensou que eles eram loucos em se julgarem tão inteligentes. Tinha de fazer
qualquer coisa para os deter, já que ninguém imaginava o que seriam capazes de
fazer a seguir. Resolveu confundir-lhes a fala, para que se não pudessem
entender uns aos outros. Deste modo, os povos dispersaram-se por toda a terra.
Assim, desistiram de construir a cidade e
a tal torre alta. E disseram: “O nome deste lugar, passará a ser “Babel”, que quer dizer confusão, porque Deus confundiu a nossa maneira de falar
uns com os outros.”
DISSERTANDO…
Tanto
a cidade de Babel quanto a sua torre, representam
de forma concreta a ambição do homem desde os tempos mais remotos, e a sua
insistência em desobedecer às ordens dum Senhor. Simboliza a punição divina
contra a ousadia do ser humano.
Lendas
de outros povos. Qual a primeira língua?!...
-Suméria - Os
Sumérios, politeístas, adoravam deuses antropomórficos representando forças ou
presenças no mundo material. Consta na sua mitologia que existiu uma Torre.
Teria sido mandada construir pelo rei de Uruk. Essa Torre, tipo Zigurate, tinha
dois deuses rivais – Enki e Enlil que acabaram por confundir as línguas de toda
a humanidade como efeito da sua discussão.
-Egipto - O
alcorão refere que o faraó do tempo de
Moisés pediu a Haman que lhe construísse uma Torre em barro para que ele
pudesse subir até ao céu e confrontar o Deus de Moisés.
-México - Uma
das lendas citadas pelo povo asteca relata que Xelhua, um dos sete gigantes
salvos do dilúvio, construiu a Grande Pirâmide de Cholula para desafiar o céu.
Os deuses destruíram-na com fogo e confundiram a linguagem dos construtores. Já
o dominicano Diego Duran (1537-1588) disse ter ouvido este relato de um
sacerdote em Cholula, pouco depois da conquista do México.
-México Central - O
historiador nativo Don Fernandi D´Alva (1565-1648) relativamente ao povo tolteca,
afirmou que depois dos homens se terem multiplicado após um grande dilúvio,
erigiram uma Torre para se preservarem no caso de um segundo dilúvio suceder.
Contudo, as suas línguas foram confundidas e eles foram para diferentes partes
da terra.
-E. U. A. - Os
índios Papago, abordam que o seu chefe Montezuma ao ter escapado a uma grande
inundação se tornou mau e tentou construir uma casa que chegasse ao céu, mas o
Grande Espírito destruiu-a com relâmpagos.
-Botswana - Em
1879, o explorador David Livingstone deparou-se com relatos semelhantes aos
índios Papago, junto ao lago Ngami.
-Grécia - Os
antigos gregos diziam que os homens, durante muitos anos, falavam a mesma
língua e viviam libertinos sob a égide de Zeus. Certo dia, Hermes, seu filho,
irritado com esse estado sem lei, provocou a diversidade das línguas e espalhou
o povo pela terra.
-Polinésia - Os
habitantes da ilha de Fiji construíram uma torre para que chegasse à lua, a fim
de verificarem se ela era habitada.
-Birmânia (Mianmar) - Uma tribo das montanhas conta que
enquanto faziam uma grande torre, os construtores, aos poucos passaram a ter
diferentes costumes e diversos modos de falar e agir, e que com o tempo se
espalharam por toda a terra.
Torre de Babel…teria esta história sido usada
para explicar a existência de muitas línguas e etnias diferentes?!
Segundo Jacob Boehme, Filósofo
teutônico, defendeu no seu livro "Quarenta
Questões Sobre a Alma", que a torre simboliza a confusão das "falsas
religiões" que a humanidade teria construído para voltar ao céu. Em seus
textos, afirma que cada um pode "falar" com Deus diretamente sem
intermediários e identificar a Escola de Mistério.
BABEL
Situada na planície de Senaar, na região da
Mesopotâmia.
Babel, capital do império babilónico, era uma
cidade-estado extremamente rica e poderosa. Centro político, militar, cultural
e económico do mundo antigo. Tal qual cidades como Nova York e Paris, nos dias actuais,
ela recebia grande número de imigrantes de diversas nacionalidades, cada qual
falando um idioma diferente.
O plano interno da Babilónia, seus
bairros e ruas principais, tinha sido estabelecido muito antes do império
neobabilónico. Na área residencial do cômoro Merkez, onde se obteve acesso aos
níveis mais antigos, o padrão de ruas tinha mudado muito pouco ao longo dos
séculos desde a ocupação cassita. Os reis assírios, em especial Esarhadon,
tinham contribuído para a beatificação da cidade, sobretudo Esagila, o
principal santuário de Marduque,
revestindo algumas ruas com reboco e reparado as defesas. Entretanto, o projeto
de converter a Babilónia numa metrópole suficientemente grandiosa para
representar as aspirações de um império foi iniciado por seu pai, Nabopolassar.
Ele iniciou o trabalho no Palácio Sul, sua residência, construiu um templo para
Ninurta, as muralhas do cais do Arahru (como o Eufrates era então chamado)
iniciou o mais ambicioso de todos os empreendimentos arquitetónicos, a
reconstrução de Etemenanki,
“Fundação do Céu e da Terra”, como a “Torre de Babel” ou zigurate era chamada.
IRAQUE – PANORAMA HISTÓRICO
Jardins suspensos da
Babilónia - Uma das sete maravilhas da
antiguidade. Foram construídos na Babilónia
a mando do rei Nabucodonosor,
no século VI a.C., tornando-se uma das principais obras arquitetónicas
empreendidas pelo monarca durante seu reinado na Mesopotâmia.
Os jardins suspensos eram compostos por cerca de seis terraços construídos como
andares, dando a ideia de serem suspensos, como o próprio nome sugere. Os
andares tinham cerca de 120 m², apoiados por colunas gigantes que chegavam a
medir até 100 metros. Alguns documentos antigos relatam que os jardins davam
acesso ao palácio do rei Nabucodonosor, que o tinha mandado construir para
satisfazer as vontades da sua esposa preferida Amitis. Ela dizia que sentia
saudades dos campos e florestas de sua terra natal, Média.
Zigurate -
Forma de templo, criada pelos sumérios
e comum para os babilónios e assírios,
construído na forma de pirâmides terraplanadas. O formato era o de vários
andares, um sobre o outro, com o diferencial de cada andar possuir área menor
que a plataforma inferior, e o seu número variava de dois a sete andares. Os
exemplos mais antigos de zigurates datam do final do terceiro milénio a.C.,
enquanto os mais recentes, do século VI a.C., e alguns dos exemplos mais
notáveis dessas estruturas, incluem as ruínas na cidade de Ur e de Chorsabad
na Mesopotâmia. Os zigurates serviam sobretudo parar observações astronómicas.
Código de Hamurabi - Compilação de 282 leis da antiga Babilónia,
elaborada por volta de 1.772 a.C. Hamurabi foi o sexto rei da Babilónia,
responsável por decretar o código conhecido com seu nome que sobreviveu até os
dias de hoje em cópias parcialmente preservadas, sendo uma na forma de uma
grande estela
(monólito) de tamanho de um humano médio, além de vários tabletes menores de
barro. O Código de Hamurabi é visto como a mais fiel origem do Direito. É a
legislação mais antiga de que se tem conhecimento, e o seu texto mais conhecido
é a chamada lei de
talião. O bloco original em que foi escrito o
Código encontra-se atualmente no museu do Louvre, em Paris.
Escrita cuneiforme - Os
sumérios desenvolveram um sistema de leis baseado nos costumes, eram
habilidosos nas práticas comerciais e criaram a escrita cuneiforme, assim
chamada porque era feita em placas de argila, com um instrumento pontiagudo em
forma de cunha. Criada para manter controlo sobre a contabilidade dos palácios
reais.
A Porta de Ishtar - A Porta de Ishtar era a oitava porta para o interior da Cidade de
Babilónia. Foi construída por volta de 575 a.C. por ordem de Rei (Nabucodonosor II). Dedicada à deusa assíria Ishtar. A Porta foi construída com azulejos
vítreos azuis com filas revezadas de sirrush (dragões) de baixo-relevo e
aurochs (bisões). O telhado e as portas eram de cedro, de acordo com a placa de
dedicação. Era originalmente considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo até
que no Séc. VI foi substituído pelo Farol de Alexandria.
Vila arqueológica de Samarra
- Cidade arqueológica, que em 2007 foi
incluída na lista da Unesco de Património da Humanidade em perigo, é
considerada capital da cultura islâmica e centro do Califado Abássida.
Imam Mesquita Ali em Najaf - Um dos santuários mais importantes do mundo muçulmano é o túmulo do genro do Profeta Muhammad – Ali Ibn Abi Talib. Localizada na praça principal da cidade, é uma importante atração turística no Iraque, que é visitada por milhares de peregrinos para honrar a memória do Imam.
Santuário Al-Askari - Principal
santuário xiita do país, construído no século IX, na cidade de Samarra. A maior
mesquita, várias vezes reconstruída, é reconhecida como um tesouro nacional dos
iraquianos. O Santuário, onde se encontram os dois imãs, famosa pela sua cúpula
dourada com cerca de 68 metros.
Museu Arqueológico -
Contém uma colecção com
cerca de 10.000 artefactos inestimáveis da suméria,
babilónica e outras culturas. Dedicado aos soldados iraquianos, que consiste de
uma alta cúpula azul-turquesa, brilhando à luz do sol.
(Recolha
de informação: Children´s Bible, versos de António Aleixo e diversos artigos)
Do Amigo
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