Nápoles e o vulcão Vesúvio |
No
século VIII os gregos chegaram à
Costa Napolitana e fundaram a cidade de Parténope, nome da sereia com rosto
feminino e que tentou encantar Ulisses. Mais tarde, tomou o nome de Palépolis
(cidade velha) e, por fim, Neápolis (cidade nova) – NÁPOLES.
Perto desta cidade, comungando na mesma
paisagem, encontra-se o vulcão Vesúvio, ainda em actividade.
No seu cume existe uma cratera com seiscentos metros de diâmetro e trezentos de
profundidade. Uma escarpa semicircular (Monte Somma), envolve o cone principal
do vulcão pelo lado Norte, a partir dos 1.057 metros de altura.
Entre as duas elevações encontra-se o Vale dos Gigantes.
Nesse Vale, ESPÁRTACO, em 73 A.C., com vários gladiadores, fugiu da escola de instrução de Cápua, e refugiou-se
na sua cratera, onde acampou durante todo o inverno antes de iniciar as
operações militares de Revolta dos Gladiadores.
Adormecido durante séculos, rebentou em 79
D.C., sepultando Pompeia, Herculano e Estábia, soterrando estas cidades com fragmentos de lava e cinzas vulcânicas que formaram uma camada com sete metros de espessura.
O Vesúvio espalhou uma nuvem mortal de rochas, cinzas e fumaça numa altura de mais de 30 quilómetros, cuspindo lava e púmice numa proporção de tonelada e meia por segundo e libertando no total uma energia térmica centena de milhares de vezes maior do que o bombardeamento de Hiroshima.
As erupções foram tão grandes que toda a
Europa do Sul esteve coberta de cinzas. Actualmente, um milhão de pessoas vive
nesta área e, a antiga Pompeia dista cerca de 8 quilómetros da cratera!...
Plínio, o Jovem, orador do Imperador Trajano, e numa carta dirigida a Tácito (historiador do Imperador romano Vespasiano), descreveu as diferentes fases da erupção do Vesúvio, começando assim: “No vigésimo quarto dia de Agosto, aproximadamente à uma hora da tarde, minha mãe mostrou-lhe (ao Plínio, o Velho, seu tio), ter aparecido uma nuvem com inusitado tamanho e aparência…”
Plínio, o Jovem, orador do Imperador Trajano, e numa carta dirigida a Tácito (historiador do Imperador romano Vespasiano), descreveu as diferentes fases da erupção do Vesúvio, começando assim: “No vigésimo quarto dia de Agosto, aproximadamente à uma hora da tarde, minha mãe mostrou-lhe (ao Plínio, o Velho, seu tio), ter aparecido uma nuvem com inusitado tamanho e aparência…”
Plínio Jovem - Vesúvio - Plínio Velho |
Pompeia,
situa-se a vinte e três quilómetros de Nápoles. Fundada pelos Oscos, caiu sob o
domínio grego no século VIII A.C. e foi ocupada pelos Etruscos no século VII
A.C.
Invadida pelos Samnitas no final do século
V A.C., aliou-se a Roma no século III A.C. A cidade participou da guerra civil
do século I A.C. e converteu-se numa colónia romana.
O historiador Tácito relata a eclosão de
uma revolta popular no ano de 59 D.C. Três anos depois, um terramoto danificou
os edifícios e, em 24 de Agosto de 79 D.C. violenta erupção do Vesúvio
soterrou-a. Dos vinte mil habitantes, morreram dois mil!...
A cidade de Herculano situa-se a oito
quilómetros a Sudeste de Nápoles, em parte sob alicerces da actual localidade
de Resina, o que praticamente impossibilitou o acesso às ruínas.
A cidade de Estábia, situada no extremo
oriental do golfo de Nápoles, foi também arrasada pela erupção do Vesúvio. Esta
povoação passou à história, porque entre as suas vítimas fatais na erupção do
Vesúvio, estava o naturalista Plínio, o Velho, comandante da esquadra romana.
Pompeia ficou sepultada durante mais de
mil e seiscentos anos até que em 1748 foi reencontrada debaixo de escombros. As
cinzas e lama acumuladas durante tantos anos protegeram as construções e
objectos dos efeitos do tempo, moldando também os corpos das vítimas, o que fez
com que fossem encontradas de modo exacto como quando foram atingidas pela
erupção.
As escavações
possibilitaram uma visão detalhada na vida de uma cidade dos tempos da Roma
Antiga.
Pompeia, colónia romana, iniciou-se com o
nome de Colónia Cornélia Venéria dos Pompeianos, transformando-se num
importante corredor de bens que chegavam do mar, e que precisavam ser
transportados para Roma pela Via Ápia.
Em 1860, as escavações foram assumidas por
Giuseppe Fiorelli. No começo da exploração, descobriu-se que espaços vagos
ocasionais nas camadas de cinzas continham restos humanos. Foi Fiorelli que
percebeu que aqueles eram espaços
deixados por corpos decompostos, desenvolvendo então uma técnica de
injectar gesso neles para recriar perfeitamente o formato das vítimas do
Vesúvio.
O resultado foi uma série de formas lúgubres e extremamente fiéis dos
habitantes de Pompeia, incapazes de escapar, preservados no seu último
instante de vida, alguns com uma expressão de terror claramente visível.
Esta técnica é utilizada até hoje, mas com
resina no lugar de gesso, por ser mais durável e não destruir os ossos, o que
permite análises mais aprofundadas.
Pompeia tinha dois teatros: Um com
capacidade para cinco mil pessoas onde se representavam comédias, e outro de
menores dimensões, o Odeon, que abrigava mil e quinhentas pessoas, onde
aconteciam os espectáculos musicais.
Pompeia, na época romana, era uma cidade
movimentada já com cerca de vinte mil habitantes. Certas evidências demonstram
com diversos detalhes o cotidiano da cidade.
No chão de uma das casas comerciais
aparece a inscrição “Salve, lucru” (bem vindo, dinheiro).
Nesta cidade, identificaram-se cerca de
vinte e cinco edifícios onde a prostituição era praticada. A maioria destes
lugares era composta apenas por um quarto individual.
LUPANAR (Lupa, em latim vulgar, significa loba, e é uma gíria
para prostituta), que era altamente organizado. O Lupanar tem dois níveis com
cinco quartos em cada um deles.
O interior é decorado com pinturas
eróticas que visavam provocar a imaginação dos clientes.Em 1819, quando o rei Francisco I, das
Duas Sicílias, acompanhado da sua esposa e filha, visitou a exposição sobre
Pompeia no Museu, ficou constrangido com as obras de arte eróticas que decidiu
encerrá-las num gabinete secreto.
A sala contendo a exposição das cenas
eróticas de Pompeia no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, abriu, fechou,
reabriu e por fim foi lacrada por quase 100 anos. A sala foi tornada acessível
novamente no final da década de 1960, e finalmente reaberta para visita em
2000. Menores de idade só podem visitar o ex-gabinete secreto na presença de um
responsável ou com autorização por escrito.
Ruas |
Teatro - Anfiteatro - Templo de Apolo |
Até breve
O
amigo
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