Joaquim Felizardo de Lima Camelo Pereira da Silva de Sousa
Castelo Branco Vilhena e Bourbon
Faleceu no Porto em 24 de Junho de 1905
Realiza os primeiros estudos no Liceu de Lisboa e frequentou
o primeiro ano da Escola Politécnica.
Magríssimo, pálido, parecia possuído por nevrose da coragem
Temperamento de revolucionário lembrava uma isca a arder,
segundo o conceito de um jornal monárquico de 1891.
Foi um dos fundadores
do jornal República Federal, um dos primeiros jornais republicanos que apareceu
em Portugal.
Por ocasião da revolta do Porto, que teve como epilogo a sua
entrada por 18 meses num quarto de malta
da Relação do Porto, e a deportação por longos anos de algumas dezenas de
bravos portugueses, jamais deixou de animar os seus companheiros,
incutindo-lhes nos espíritos abatidos a esperança que parecia a alguns ter
abandonado.
Pela mesma época
funda também um dos primeiros centros republicanos que existiu em Portugal, o
Centro Democrático Devido às suas ideias começou a ser perseguido.
A situação mais
conhecida foi aquela que viveu quando era professor na Moita, tendo sido
demitido pelo Ministério regenerador, devido à intransigência das suas ideias
políticas. Sustentou algumas polémicas que lhe valeram as perseguições de uns e
a admiração de outros. Devido às suas ideias e para sustentar a sua família
vive de várias profissões como professor, tecelão, envernizador, auxiliar de
construtor de pianos, como tipógrafo, como fabricante de meias de tear, de
cartonagem, entre diversas actividades.
A sua raça era aristocrática, como a de tantos dos mais
intrépidos audazes e generosos apóstolos ou lutadores da Revolução Francesa. O
mesmo fogo devorava o seu espírito.
Sendo escriturário na estação das Devesas, no Porto, foi um
dos principais impulsionadores da greve do
Caminho de Ferro do Norte e Leste,
pelo que foi demitido.
Todavia, foi sempre
obscuro, mesmo em vida, mesmo quando o seu nome era conhecido de todos os
republicanos portugueses e porque não dizê-lo?..A maior destes republicanos
considerava-o quase um louco.
Em 1888 procurou criar o Partido Republicano Radical, na sequência das divisões crescentes entre republicanos desde o III Congresso do Partido Republicano de 1887, que tinha sido suspenso entre fortes tumultos. Porém, esta cisão quase só obteve adeptos na cidade do Porto. No entanto, desempenhou um papel fundamental a criação de condições para a revolta republicana de 31 de Janeiro.
O que dele se contava fazia sorrir. Em 1889, estando empregado na construção do ramal do caminho-de-ferro entre Santa Comba Dão e Viseu, abandonou o lugar e partiu para o Porto, porque tomou parte no movimento patriótico provocado pelo Ultimato inglês de 1890
Foi implicado no movimento revolucionário de 31 de Janeiro de 1891 e julgado nos tribunais marciais de Leixões foi condenado a ano e meio de prisão, pena que cumpriu na Relação do Porto.
Além desta prisão sofreu muitas outras por questões políticas, chegando a estar incomunicável e sendo mesmo uma vez metido no "segredo" da Relação.
Na vila da Moita, onde foi professor, publicou um semanário intitulado A Instrução Primária(1864), foi professor particular em Fafe, foi ainda primeiro redactor do Comércio de Penafiel, enquanto esta publicação alinhou ao lado dos republicanos e socialistas.
Após a revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891 foi redactor do Democrata da Beira, de Lamego, onde viveu durante cerca de três anos e onde publicou ainda o jornal "A Luz."
Na sequência da sua acção através do jornal O Radical, Felizardo Lima propõe mesmo um novo programa federalista para o Partido Republicano, onde recuperavam os princípios federalistas, municipalistas e propondo a laicização crescente da sociedade.
Firme nos princípios e imperturbável na acção, a sua memória é digna de ser lembrada
O que dele se contava fazia sorrir. Em 1889, estando empregado na construção do ramal do caminho-de-ferro entre Santa Comba Dão e Viseu, abandonou o lugar e partiu para o Porto, porque tomou parte no movimento patriótico provocado pelo Ultimato inglês de 1890
Foi implicado no movimento revolucionário de 31 de Janeiro de 1891 e julgado nos tribunais marciais de Leixões foi condenado a ano e meio de prisão, pena que cumpriu na Relação do Porto.
Além desta prisão sofreu muitas outras por questões políticas, chegando a estar incomunicável e sendo mesmo uma vez metido no "segredo" da Relação.
Na vila da Moita, onde foi professor, publicou um semanário intitulado A Instrução Primária(1864), foi professor particular em Fafe, foi ainda primeiro redactor do Comércio de Penafiel, enquanto esta publicação alinhou ao lado dos republicanos e socialistas.
Após a revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891 foi redactor do Democrata da Beira, de Lamego, onde viveu durante cerca de três anos e onde publicou ainda o jornal "A Luz."
Na sequência da sua acção através do jornal O Radical, Felizardo Lima propõe mesmo um novo programa federalista para o Partido Republicano, onde recuperavam os princípios federalistas, municipalistas e propondo a laicização crescente da sociedade.
Firme nos princípios e imperturbável na acção, a sua memória é digna de ser lembrada
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