Nasceu a 28 de Setembro de 1849 em Izeda, distrito de
Bragança
Faleceu a 2 de Dezembro em Paris
Em 1869 matriculou-se
na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde foi aluno distinto
tendo-se formado em Direito em 1874.
Fez parte de uma geração académica onde se
incluem nomes como os de Magalhães Lima, Alves de Morais e Álvaro de Mendonça,
entre outros com os quais partilha o ideal republicano. São responsáveis pela
fundação do jornal 'Republica Portugueza: Órgão do Partido Republicano de
Coimbra. Assina diversos artigos que confirmam, simultaneamente, a sua filiação
republicana e a adesão
Ainda estudante,
mostrou grande interesse pela imprensa, redigindo ainda nos tempos liceais o
periódico O Lyceu - Semanário Cientifico e Literário e colaborando na imprensa
da época. Terminado o curso, em 1874 estabeleceu escritório de advogado no
Porto.
Académico distinto, o
seu nome evidenciou-se bem cedo, começando a ser amado e respeitado na idade em
que outros se iniciam timidamente nas lides políticas.
É reconhecido pelos congéneres da época como um dos líderes
do movimento republicano no Norte
Foi também um jornalista de talento e fundou “A Discussão”
que foi uma verdadeira revelação de um caracter e uma documentação iva de um
altíssimo espirito de escritor.
Advogado, jornalista, diplomata e político republicano que
teve um importante papel na Revolta de 31 de Janeiro de 1891
Foi um dos líderes da revolta de 31 de Janeiro de 1891,
cabendo-lhe ler das janelas da Câmara Municipal do Porto a proclamação do novo
governo. O malogro da revolta obrigou-o ao exílio, refugiando-se em Paris
Advogado de fama, alguma coisa de importante deve também à
revolta de 1891, de que foi chefe civil, tendo estado no exilio desde essa
data, ficando a aguardar que a Republica lhe abrisse de novo as portas de Portugal.
Apesar da amnistia e dos indultos atribuídos aos
conspiradores do 31 de Janeiro, Alves da Veiga jura não regressar a Portugal
enquanto a monarquia perdurar. Mais de dezanove anos de exílio decorridos,
recebe enfim a notícia da proclamação da República.
Com 61 anos chega a Lisboa
e coloca-se ao dispor do recém-formado Governo Provisório, constituído na maior
parte por antigos amigos e companheiros de luta.
A recompensa dada ao então sexagenário republicano por
décadas de militância traduz-se na nomeação para o cargo de Enviado
Extraordinário e Ministro Plenipotenciário junto do reino belga (por decreto de
24 de Janeiro de 1911), pelo que a 4 de Abril desse ano volta a partir e toma
posse da Legação de Bruxelas. Tem um papel importante no reconhecimento do
regime.
Foi nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros do governo presidido por
João Chagas, mas o governo durou apenas um dia, caindo quando João Chagas na
noite de 16 para 17 de Maio foi gravemente ferido num atentado ocorrido na
estação da Barquinha, nos arredores do Entroncamento.
O seu discreto papel
diplomático durante a Primeira Guerra Mundial foi importante no relacionamento
com a França.
É no decurso de uma licença do seu posto diplomático, que
Alves da Veiga virá a falecer no dia 2 de Dezembro de 1924, na casa que a
família, no 16º Bairro de Paris.
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