segunda-feira, 25 de março de 2013

ALVES DA VEIGA

Augusto Manoel Alves da Veiga

Nasceu a 28 de Setembro de 1849 em Izeda, distrito de Bragança

Faleceu a 2 de Dezembro em Paris
Em 1869 matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde foi aluno distinto tendo-se formado em Direito em 1874.
Fez parte de uma geração académica onde se incluem nomes como os de Magalhães Lima, Alves de Morais e Álvaro de Mendonça, entre outros com os quais partilha o ideal republicano. São responsáveis pela fundação do jornal 'Republica Portugueza: Órgão do Partido Republicano de Coimbra. Assina diversos artigos que confirmam, simultaneamente, a sua filiação republicana e a adesão
 Ainda estudante, mostrou grande interesse pela imprensa, redigindo ainda nos tempos liceais o periódico O Lyceu - Semanário Cientifico e Literário e colaborando na imprensa da época. Terminado o curso, em 1874 estabeleceu escritório de advogado no Porto.

 Académico distinto, o seu nome evidenciou-se bem cedo, começando a ser amado e respeitado na idade em que outros se iniciam timidamente nas lides políticas.

É reconhecido pelos congéneres da época como um dos líderes do movimento republicano no Norte
Foi também um jornalista de talento e fundou “A Discussão” que foi uma verdadeira revelação de um caracter e uma documentação iva de um altíssimo espirito de escritor.

Advogado, jornalista, diplomata e político republicano que teve um importante papel na Revolta de 31 de Janeiro de 1891

Foi um dos líderes da revolta de 31 de Janeiro de 1891, cabendo-lhe ler das janelas da Câmara Municipal do Porto a proclamação do novo governo. O malogro da revolta obrigou-o ao exílio, refugiando-se em Paris
Advogado de fama, alguma coisa de importante deve também à revolta de 1891, de que foi chefe civil, tendo estado no exilio desde essa data, ficando a aguardar que a Republica lhe abrisse de novo as portas de Portugal.

Apesar da amnistia e dos indultos atribuídos aos conspiradores do 31 de Janeiro, Alves da Veiga jura não regressar a Portugal enquanto a monarquia perdurar. Mais de dezanove anos de exílio decorridos, recebe enfim a notícia da proclamação da República.
Com 61 anos chega a Lisboa e coloca-se ao dispor do recém-formado Governo Provisório, constituído na maior parte por antigos amigos e companheiros de luta.
A recompensa dada ao então sexagenário republicano por décadas de militância traduz-se na nomeação para o cargo de Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário junto do reino belga (por decreto de 24 de Janeiro de 1911), pelo que a 4 de Abril desse ano volta a partir e toma posse da Legação de Bruxelas. Tem um papel importante no reconhecimento do regime.

Foi nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros do governo presidido por João Chagas, mas o governo durou apenas um dia, caindo quando João Chagas na noite de 16 para 17 de Maio foi gravemente ferido num atentado ocorrido na estação da Barquinha, nos arredores do Entroncamento.

O seu discreto papel diplomático durante a Primeira Guerra Mundial foi importante no relacionamento com a França.

É no decurso de uma licença do seu posto diplomático, que Alves da Veiga virá a falecer no dia 2 de Dezembro de 1924, na casa que a família, no 16º Bairro de Paris.

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