Há 200 anos tinha lugar em Portugal o primeiro salto em para-quedas.
Esta data marcante da aeronáutica nacional (hoje totalmente esquecida) teve como protagonista Eugéne Robertson, um jovem parisiense de 19 anos. Eugéne era filho do aeronauta e físico Étienne Robertson e ambos tinham vindo para Portugal no ano anterior, sendo já conhecidos por várias ascensões no estrangeiro.
A primeira ascensão dos Robertson em Portugal teve lugar em Março de 1819, mas a mais notável foi a de 12 de Dezembro precisamente por marcar a primeira descida de para-quedas (ou guarda-quedas como à época se dizia) em Portugal.
O balão saiu da Quinta do Visconde da Baía (estrada de Entre-Muros, ao Lumiar) e, ao atingir 2200 metros, Eugéne fez uma primeira tentativa para libertar o pára-quedas da barquinha onde se encontrava, tentativa que falhou acabando o aeronauta por ter que cortar com um canivete o cabo que o prendia ao balão conseguindo soltar-se já muito para além da altitude prevista. O pano do “guarda-quedas” acabou por abrir-se aos 2600 metros tendo o jovem Eugéne aterrado para o lado da Estrada das Laranjeiras e da Luz.
O balão, esse, acabou por descer perto de Bucelas.
Pena é que, 200 anos depois, esta efeméride não seja condignamente recordada e celebrada.
Paulo Silva em Força Aérea Portuguesa FB
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