domingo, 1 de julho de 2012

AUGUSTO CUNHA


Augusto José da Cunha

Nasceu em Lisboa a 1 de Abril de 1834.
Faleceu 24 de Junho de 1919
Passou por ser um dos matemáticos mais notáveis do seu tempo, no nosso meio cientifico, o que atesta em largos anos de regência da cadeira de cálculo da Escola Politécnica, onde foi decano dos professores e mais tarde também como seu director.
Ministro da Monarquia por diferentes vezes, antigo deputado e par electivo, foi em 1906 investido pelo governo da presidência de João Franco, no alto cargo de presidente da Câmara de Pares, que abaixo do chefe do Estado era, como se sabe entre nós o lugar de maior representação social.
A sua adesão aos princípios republicanos, só apareceu, visto como profissão de fé partidária, a 17 de Novembro de 1907, quando apareceu publicado no jornal “ Mundo”. Já antes desse dia, porém, o ilustre professor manifestava a sua descrença no regime monárquico, o qual abandonou definitivamente, ao ver a marcha dos negócios públicos, que não se compadecia com a indiferença nem tão pouco com a defesa de outra bandeira que não fosse a da Democracia. Teve erros como ministro da monarquia? Claro que os cometeu, mesmo que não tivesse vindo para a praça pública confessá-los ou contestá-los.
A verdade simples a destacar é que foi um homem com enorme prestigio intelectual que veio até á Democracia, e mais um homem de caracter que deixou a secular monarquia portuguesa, dando dessa forma um extraordinário exemplo de civismo.

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